Agora Paris já está em clima de Natal e a Champs e vários outros pontos já estão enfeitados dando um toque de aconchengo nas noites frias, e coloca fria nisso....... E com esse clima natalino, nós já começamos o nosso clima de contagem regressiva para passar as festas por ai com menos luzes é claro, porque infelizmente nosso ponto mais iluminado é a praça da Liberdade, lembrando que você tem que estar disposto a ficar um bom tempo no trânsito tanto para chegar quanto para achar uma vaga e depois ainda disputar um espacinho com milhares de pessoas pra fazer pelo menos 1 fotinha, mas pelo menos por ai teremos mais calor com certeza!!!! Apesar da nossa chegada ser em plena virada do dia 24 para o 25 ainda chegaremos a tempo para os abraços!!!!
sábado, 26 de novembro de 2011
Rock en Seine
No final de agosto acontece um super festival de rock aqui em Paris, chamado "Rock en Seine" e é claro não perdemos a oportunidade de participar.
Coincidentemente cerca de 1 mês depois aconteceu o nosso festival ai no Brasil, o Rock in Rio que por motivos óbvios não pudemos participar. Bem, são muitas as diferenças entre os dois, primeiro que o festival de Paris são 3 dias de shows em contrapartida o do Rio são 7 o que pode até parecer uma vantagem mas nem tanto!
Lemos e ouvimos muita coisa sobre o festival no Rio de Janeiro e algumas coisas são de deixar pasmos sobre a diferença entre os dois eventos.
Primeiro falemos das bandas. O Rock in Rio teve bandas muito mais famosas do que as que tocaram aqui, mas verdade seja dita, quase todas estão em decadência, seu momento de glória já passou, como o Guns, o Metalica, o Red Hot e por ai vai. Sao bandas boas? É claro que são, mas a maioria teve seu auge nas décadas de 80, 90 e no máximo no início dos anos 2000. Aqui por sua vez, todos os dias houve apresentação de pelo menos uma banda mais famosona, e as demais atrações basicamente de bandas novas (a maioria nós não conheciamos e muita não eram boas). Mas concordando com Felipe, festival de musica é para conhecer coisas novas, e não para pagar para ver só um pouquinho de algumas bandas famosas, porque afinal, nesses festivais cada banda toca pouco mais de 1 hora, enquanto que em shows normais geralmente tocam entre 2 e 3 horas.
Agora vamos aos preços porque sinceramente né, enquanto aqui o ingresso para os 3 dias era pouco mais de €50,00, e as bebidas no local tinham um preço próximo ao que se paga em um bar, ouvimos pessoas contando que pagaram R$300,00, R$400,00 (quase um salario mínimo) só para ir em UM dia de festival!!! ABSURDO!!!
Outra coisa foi o local no festival daqui, era enorme, com área preparada para camping (só para quem comprava o passaporte dos 3 dias), muitas barraquinhas de bebida e comida e quando eu digo muitas barraquinhas também me refiro a variedade, pois tinha desde lanchinhos até pratos de restaurantes, sem falar que tinha bebida pra todos os gostos e para os apreciadores de cerveja tinha mais de 1 tipo marca, o que eu nunca vi no Brasil devido as cervejarias patrocinadoras que pedem exclusividade. Finalmente para as mulheres uma coisa mega importante, porque só mulher sabe o que é passar quase 30 minutos ou mais esperando e a cada minuto que passa tentar cruzar as pernas ou ficar numa posição rídicula para se segurar e não fazer nas calças ou em casos de desesperos em um "matinho", o festival daqui de Paris tinha milhares de banheiros espalhados pela área do evento fazendo com que as filas não demorassem mais que 15 minutos e de brinde ainda tinha uma piazinha na saída para lavar as mãos!!!
Resumindo essa parte de necessidades, a estrutura realmente era de fazer o queixo cair, diferente da maioria das grandes festas, festivais e concertos do Brasil, apesar de haver filas tudo funcionava perfeitamente e era totalmente possível comprar bebida, comida ou ir ao banheiro sem ter que perder uma banda.
Outra coisa que acho legal em shows e que em alguns raros casos no Brasil também rola é que logo na primeira bebida você tinha que adquirir o copo da festa para nas próximas compras só encher, sem falar que era um copo realmente resistente e grande claro...rsrsr.... e também eles utilizaram muitos copos que haviam sobrado do evento passado sem ficar de frescura pensando que tudo tinha que ter o mesmo logo, a galera por aqui tem um pensamento verde!:)...
Mais um fato que me chamou a atenção é que mesmo sendo um festival de rock havia casais com filhos pequenos pois realmente as coisas são muito organizadas e civilizadas e todos com os mesmos direitos sem essa firula de camarote.
E por último, mas muito relevante, foi onde foi o festival e como chegar lá. Apesar de ter sido um pouco afastado do centro, ainda era grande Paris, então fomos de metrô e voltamos de metrô sem problemas. Ao contrário dos relatos de acontecimento no Rio não precisamos pagar flanelinha, nem ficar 2 horas na fila, nem ficar preocupados se o carro seria roubado ou não.
Apesar de todas as maravilhas por aqui, infelizmente nós só fomos no primeiro dia que os Foo Fighters tocaram pois ficamos sabendo muito em cima da hora mas conheço quem foi depois e simplesmente não tinha reclamações!!
Realmente o Brasil está crescendo, mas precisa melhorar muito ainda para que todos tenham serviços de qualidade e minimizar os riscos de ser assaltados. (ou pelos bandidos ou pelos organizadores do evento)!!!
Coincidentemente cerca de 1 mês depois aconteceu o nosso festival ai no Brasil, o Rock in Rio que por motivos óbvios não pudemos participar. Bem, são muitas as diferenças entre os dois, primeiro que o festival de Paris são 3 dias de shows em contrapartida o do Rio são 7 o que pode até parecer uma vantagem mas nem tanto!
Lemos e ouvimos muita coisa sobre o festival no Rio de Janeiro e algumas coisas são de deixar pasmos sobre a diferença entre os dois eventos.
Primeiro falemos das bandas. O Rock in Rio teve bandas muito mais famosas do que as que tocaram aqui, mas verdade seja dita, quase todas estão em decadência, seu momento de glória já passou, como o Guns, o Metalica, o Red Hot e por ai vai. Sao bandas boas? É claro que são, mas a maioria teve seu auge nas décadas de 80, 90 e no máximo no início dos anos 2000. Aqui por sua vez, todos os dias houve apresentação de pelo menos uma banda mais famosona, e as demais atrações basicamente de bandas novas (a maioria nós não conheciamos e muita não eram boas). Mas concordando com Felipe, festival de musica é para conhecer coisas novas, e não para pagar para ver só um pouquinho de algumas bandas famosas, porque afinal, nesses festivais cada banda toca pouco mais de 1 hora, enquanto que em shows normais geralmente tocam entre 2 e 3 horas.
Agora vamos aos preços porque sinceramente né, enquanto aqui o ingresso para os 3 dias era pouco mais de €50,00, e as bebidas no local tinham um preço próximo ao que se paga em um bar, ouvimos pessoas contando que pagaram R$300,00, R$400,00 (quase um salario mínimo) só para ir em UM dia de festival!!! ABSURDO!!!
Outra coisa foi o local no festival daqui, era enorme, com área preparada para camping (só para quem comprava o passaporte dos 3 dias), muitas barraquinhas de bebida e comida e quando eu digo muitas barraquinhas também me refiro a variedade, pois tinha desde lanchinhos até pratos de restaurantes, sem falar que tinha bebida pra todos os gostos e para os apreciadores de cerveja tinha mais de 1 tipo marca, o que eu nunca vi no Brasil devido as cervejarias patrocinadoras que pedem exclusividade. Finalmente para as mulheres uma coisa mega importante, porque só mulher sabe o que é passar quase 30 minutos ou mais esperando e a cada minuto que passa tentar cruzar as pernas ou ficar numa posição rídicula para se segurar e não fazer nas calças ou em casos de desesperos em um "matinho", o festival daqui de Paris tinha milhares de banheiros espalhados pela área do evento fazendo com que as filas não demorassem mais que 15 minutos e de brinde ainda tinha uma piazinha na saída para lavar as mãos!!!
Resumindo essa parte de necessidades, a estrutura realmente era de fazer o queixo cair, diferente da maioria das grandes festas, festivais e concertos do Brasil, apesar de haver filas tudo funcionava perfeitamente e era totalmente possível comprar bebida, comida ou ir ao banheiro sem ter que perder uma banda.
Outra coisa que acho legal em shows e que em alguns raros casos no Brasil também rola é que logo na primeira bebida você tinha que adquirir o copo da festa para nas próximas compras só encher, sem falar que era um copo realmente resistente e grande claro...rsrsr.... e também eles utilizaram muitos copos que haviam sobrado do evento passado sem ficar de frescura pensando que tudo tinha que ter o mesmo logo, a galera por aqui tem um pensamento verde!:)...
Mais um fato que me chamou a atenção é que mesmo sendo um festival de rock havia casais com filhos pequenos pois realmente as coisas são muito organizadas e civilizadas e todos com os mesmos direitos sem essa firula de camarote.
E por último, mas muito relevante, foi onde foi o festival e como chegar lá. Apesar de ter sido um pouco afastado do centro, ainda era grande Paris, então fomos de metrô e voltamos de metrô sem problemas. Ao contrário dos relatos de acontecimento no Rio não precisamos pagar flanelinha, nem ficar 2 horas na fila, nem ficar preocupados se o carro seria roubado ou não.
Apesar de todas as maravilhas por aqui, infelizmente nós só fomos no primeiro dia que os Foo Fighters tocaram pois ficamos sabendo muito em cima da hora mas conheço quem foi depois e simplesmente não tinha reclamações!!
sábado, 12 de novembro de 2011
Wilsão e Juninho "uma galerinha muito louca aprontando altas confusões!"
Setembro foi um mês movimentado, inaugurando a temporada de hospedagem recebemos Wilson e Juninho, dois amigos do Felipe.
Os dois vieram fazer um tour pela Europa mas a única coisa de programação definida era o dia e local de chegada, em Barcelona, e é claro o dia de partida de volta para o Brasil.
E nós só sabíamos que eles chegariam em setembro e só no dia da chegada deles que descobrimos quando....rsrsr.... mas a primeira passagem pela cidade da luz foi só pra servimos de "ponto de apoio" pra deixar algumas coisas e então partir para o ainda desconhecido rumo.
Eles compraram um pacote muito interessante pra quem vem fazer um mochilão e pretende se deslocar muito, que é um passe que permite viajar para qualquer cidade ou país durante um determinado período. Pra quem achar interessante tem o site em português com as informações http://www.raileurope.com.br/.
Então no dia que eles chegaram em Paris eles sentaram para decidir qual seria o trajeto dessa aventura.
Bem, depois de muitas horas na internet e muitos risos, porque eles são peças rarissímas, a cerca de 1 hora da madruga, eu e Felipe já dormindo escuto eles encerrarem o desafio da programação da viagem: o juninho solta um "acho que agora já ta tudo certo, agora deu" e quando eles já estavam deitando o Wilson diz "é mas e se nós fizermos"... e o Juninho responde "ah não Wilsão vão dormir!!!..alguns risinhos e dormem..... e assim se deu a largada!
No outro dia eu fui explicar onde eles deveriam ir pra pegar o trem para o próximo destino e aproveitei para passar algumas dicas de como tentar falar em inglês com um Francês sem que ele te trate com desdêm.
Antes de mais nada os franceses, mais especificamente os parisienses detestam turistas e se você já vier com um inglês logo de cara ai mais um motivo para eles gostarem menos ainda. Então ele me pediu algumas frases básicas para tentar ser menos odiado e ter um tratamento mais receptivo e eu passei o basicão: começar por um "bom dia" e um "por favor" indispensáveis e depois pelo quebra gelo "eu sou brasileiro" pois num geral eles gostam bastante da brasileirada, e por fim "eu não sei falar francês você pode falar inglês?" E assim, do jeito que ele entendeu como falava, ele usou a técnica "tabajara" e escreveu tudo em um papelzinho.
E lá foram eles tentar as passagens para o próximo destino..... algum tempo depois eles voltaram e me contaram o que aconteceu.... Eles iam para Amsterdam e quando chegaram no guiche antes de mais nada o Juninho fez um sinal de "espera um pouco" com a mão e tirou o papelzinho do bolso Wilsão e ele sorrindo começou a ler o discurso "tabajara", bem não deu outra, a atendente caiu na gargalhada e apesar de não ter mais a passagem direto ela fez um itinerário passando por outras cidades para que eles conseguissem chegar no destino.
Bem acho que dá pra imaginar quantos casos essa dupla adiquiriu nessa viagem né..... com certeza recebe-los foi uma experiência muito boa que rendeu muitas gargalhadas!
Ah mais uma coisa com relação ao pacote do passe de trem para alguns casos de viagem a destinos muito badalados é preciso fazer uma reserva antes e as vezes paga-se a parte pela reserva, então essa é uma opção que só vale a pena se for viajar muito!
Os dois vieram fazer um tour pela Europa mas a única coisa de programação definida era o dia e local de chegada, em Barcelona, e é claro o dia de partida de volta para o Brasil.
E nós só sabíamos que eles chegariam em setembro e só no dia da chegada deles que descobrimos quando....rsrsr.... mas a primeira passagem pela cidade da luz foi só pra servimos de "ponto de apoio" pra deixar algumas coisas e então partir para o ainda desconhecido rumo.
Eles compraram um pacote muito interessante pra quem vem fazer um mochilão e pretende se deslocar muito, que é um passe que permite viajar para qualquer cidade ou país durante um determinado período. Pra quem achar interessante tem o site em português com as informações http://www.raileurope.com.br/.
Então no dia que eles chegaram em Paris eles sentaram para decidir qual seria o trajeto dessa aventura.
Bem, depois de muitas horas na internet e muitos risos, porque eles são peças rarissímas, a cerca de 1 hora da madruga, eu e Felipe já dormindo escuto eles encerrarem o desafio da programação da viagem: o juninho solta um "acho que agora já ta tudo certo, agora deu" e quando eles já estavam deitando o Wilson diz "é mas e se nós fizermos"... e o Juninho responde "ah não Wilsão vão dormir!!!..alguns risinhos e dormem..... e assim se deu a largada!
No outro dia eu fui explicar onde eles deveriam ir pra pegar o trem para o próximo destino e aproveitei para passar algumas dicas de como tentar falar em inglês com um Francês sem que ele te trate com desdêm.
Antes de mais nada os franceses, mais especificamente os parisienses detestam turistas e se você já vier com um inglês logo de cara ai mais um motivo para eles gostarem menos ainda. Então ele me pediu algumas frases básicas para tentar ser menos odiado e ter um tratamento mais receptivo e eu passei o basicão: começar por um "bom dia" e um "por favor" indispensáveis e depois pelo quebra gelo "eu sou brasileiro" pois num geral eles gostam bastante da brasileirada, e por fim "eu não sei falar francês você pode falar inglês?" E assim, do jeito que ele entendeu como falava, ele usou a técnica "tabajara" e escreveu tudo em um papelzinho.
E lá foram eles tentar as passagens para o próximo destino..... algum tempo depois eles voltaram e me contaram o que aconteceu.... Eles iam para Amsterdam e quando chegaram no guiche antes de mais nada o Juninho fez um sinal de "espera um pouco" com a mão e tirou o papelzinho do bolso Wilsão e ele sorrindo começou a ler o discurso "tabajara", bem não deu outra, a atendente caiu na gargalhada e apesar de não ter mais a passagem direto ela fez um itinerário passando por outras cidades para que eles conseguissem chegar no destino.
Bem acho que dá pra imaginar quantos casos essa dupla adiquiriu nessa viagem né..... com certeza recebe-los foi uma experiência muito boa que rendeu muitas gargalhadas!
Juniho e Wilson na Champs
Jantar de recepção
o cardápio
Noite no Quartier Latin
da direita para esquerda o Juninho, a gerente do trabalho deles, Wilsão, Eu, Felipe e uma amiga da amiga deles levando a gente pro mal caminho em um Irish Pub
Fica a dica para tentar se programar antes, pois não é qualquer um que enquanto se pergunta onde será que está a London Bridge e de repente percebe que está extamente encostado nela...... ou então que aguenta 8 horas de viagem noturna numa cabine com uma poltrona reclinável que na verdade é só um banco duro que desce ou sobe o encosto da cabeça e inclina minimamente o acento fazendo a bunda escorregar.....rsrsrsr......Ah mais uma coisa com relação ao pacote do passe de trem para alguns casos de viagem a destinos muito badalados é preciso fazer uma reserva antes e as vezes paga-se a parte pela reserva, então essa é uma opção que só vale a pena se for viajar muito!
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Andouillette
Bem, esse final de semana a gente resolveu fazer algo diferente, eu pedi uma consultoria de lugares para visitar perto de Paris para um amigo do trabalho e ele sugeriu Provins.
Uma cidadezinha meio medieval linda... fica aí a dica para quem quiser variar um pouco... o trem saí de hora em hora e a passagem de ida e volta fica em pouco mais de 21 euros e a viagem dura uma hora e pouquinho....
Fomos eu, Nelita e Edgar, o nosso amigo brasileiro que curti uma culinária um pouco exótica.
Ele aproveitou que estavamos em um restaurante com comida local e resolveu experimentar uma iguaria que foi sugerida por um outro cara que trabalha com a gente.
A Andouillette, basicamente uma salsicha, mas as semalhanças param por aí.
Eu até tentei escrever alguma coisa com a descrição que o Edgar nos deu, mas nada ficou tão bom quanto o depoimento de um cara chamado Miguel Esteves Cardoso (MEC) que copiei de um outro blog.
Ai vai....
"A primeira coisa que comi quando cheguei a Paris foi uma salsicha fedorenta cujo usufruto tenho conseguido evitar há mais de 40 anos, tal era o nojo. Mas tinha chegado à altura. Não se pode dizer que se conhece a cozinha francesa sem ter comido uma andouillette. Assim de chama a salsicha de tripa de porco que cheira a cocó e a xixi. Os apreciadores gabam-lhe o aroma 'agrícola'. Mas não é a estrume que cheira - isso é que era bom. É a merda". E continua MEC, "Foi no mais encantador bistrot, o Chez Marcel, que efrentei o fumegante cagalhão. No meu cérebro, as partes primitivas entravam em choque com as mais evoluídas. Sabia que não havia fezes nenhumas naquela salsicha. Tinha estudado a maneira higiénica e cuidadosa com que tinha sido produzida. Respeitava o gosto daqueles que gostam dela. A começar pela Association Amicale des Amateurs d'Andouillettes Authentiques que tinham diplomado a minha salsicha com cinco As. E não havia dúvida (nem desculpa) que estava à minha frente uma andouillette AAAAA. Contra estas informações sensatas gritavam os meus sentidos: "é intestino de porco! Cheira a merda! Vais ficar doente! Come outra coisa! Ou Foge! e continua mais à frente..."é muito, muito difícil discutir com o nosso próprio nariz , quando aquilo que propõe pôr na boca cheira àquilo que sai do outro buraco. Para além do nojo , é uma redundância", no final, já em jeito de conclusão refere: "tinha chegado a Paris com uma lista enorme de coisas que nunca tinha provado. A andouillette ensinou-me que aquilo eram afazeres e não prazeres. Desfiz-me de todas as tarefas e, a partir daí, segui o meu nariz. Restitui-lhe, juntamente com os olhos, a tutela da minha barriga. E comi lindamente". Depois segue para aquilo que mais gostou, os queijos, numa excelente descrição que aconselho a leitura."
Depois falamos mais da cidade
beijos
Uma cidadezinha meio medieval linda... fica aí a dica para quem quiser variar um pouco... o trem saí de hora em hora e a passagem de ida e volta fica em pouco mais de 21 euros e a viagem dura uma hora e pouquinho....
Fomos eu, Nelita e Edgar, o nosso amigo brasileiro que curti uma culinária um pouco exótica.
Ele aproveitou que estavamos em um restaurante com comida local e resolveu experimentar uma iguaria que foi sugerida por um outro cara que trabalha com a gente.
A Andouillette, basicamente uma salsicha, mas as semalhanças param por aí.
Eu até tentei escrever alguma coisa com a descrição que o Edgar nos deu, mas nada ficou tão bom quanto o depoimento de um cara chamado Miguel Esteves Cardoso (MEC) que copiei de um outro blog.
Ai vai....
"A primeira coisa que comi quando cheguei a Paris foi uma salsicha fedorenta cujo usufruto tenho conseguido evitar há mais de 40 anos, tal era o nojo. Mas tinha chegado à altura. Não se pode dizer que se conhece a cozinha francesa sem ter comido uma andouillette. Assim de chama a salsicha de tripa de porco que cheira a cocó e a xixi. Os apreciadores gabam-lhe o aroma 'agrícola'. Mas não é a estrume que cheira - isso é que era bom. É a merda". E continua MEC, "Foi no mais encantador bistrot, o Chez Marcel, que efrentei o fumegante cagalhão. No meu cérebro, as partes primitivas entravam em choque com as mais evoluídas. Sabia que não havia fezes nenhumas naquela salsicha. Tinha estudado a maneira higiénica e cuidadosa com que tinha sido produzida. Respeitava o gosto daqueles que gostam dela. A começar pela Association Amicale des Amateurs d'Andouillettes Authentiques que tinham diplomado a minha salsicha com cinco As. E não havia dúvida (nem desculpa) que estava à minha frente uma andouillette AAAAA. Contra estas informações sensatas gritavam os meus sentidos: "é intestino de porco! Cheira a merda! Vais ficar doente! Come outra coisa! Ou Foge! e continua mais à frente..."é muito, muito difícil discutir com o nosso próprio nariz , quando aquilo que propõe pôr na boca cheira àquilo que sai do outro buraco. Para além do nojo , é uma redundância", no final, já em jeito de conclusão refere: "tinha chegado a Paris com uma lista enorme de coisas que nunca tinha provado. A andouillette ensinou-me que aquilo eram afazeres e não prazeres. Desfiz-me de todas as tarefas e, a partir daí, segui o meu nariz. Restitui-lhe, juntamente com os olhos, a tutela da minha barriga. E comi lindamente". Depois segue para aquilo que mais gostou, os queijos, numa excelente descrição que aconselho a leitura."
Depois falamos mais da cidade
beijos
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
14 de Julho
Eu tinha esquecido completamente de fazer esse relato, mas mesmo mega atrasada ai vai ele...
Por essas bandas aqui no dia 14 de julho os franceses comemoram a tomada da Bastilha que seria o equivalente ao dia da Independência do Brasil, claro que cada um com suas particularidades mas nada de detalhes históricos porque essa não é minha intenção. O importante mesmo é que nesse dia, feriado é claro, acontece uma mega comemoração com parada, shows e fogos de artifícios e uma multidão de gente com bandeirinhas do país aplaudindo todo e qualquer movimento dos oficiais durante todo evento.
Não sei como é a comemoração da independência em Brasília mas em BH não tem nada de extraordinário. Outra coisa que também difere e muito é que não somos patriotas, então mesmo que a festa nas nossas terrinhas fosse mais estrondosa o clima não seria o mesmo.
Bem, o negócio é que é um dia realmente muito especial e a alegria e o patriotismo por comemorarem esse momento importante é bem contagiante!
O dia começa com a Champs Elysees repleta de gente, só que ao contrário dos dias normais a maioria são franceses, todos o mais próximo possível do alambrado mantendo o máximo de educação para não ficar espremendo. Uma enorme parada com todos os tipos de oficiais desde um batalhão da marinha até um batalhão de bombeiros.
Ah, e também algumas equipes de aeronaves desde aqueles teco-tecos antigos até jatos sobrevoando a famosa avenida e pra finalizar o desfile uma rápida passagem do presidente, que foi tão rápida que nem rendeu uma foto.
E por último, mas o mais lindo da festa, a noite rolou o mega show de fogos de artifícios com a torre de fundo.
Como nós moramos pertinho da torre, resolvemos que iriamos assistir no Trocadeiro que é um ponto que fica literalmente de frente e muito perto da torre, pois nos jardins que ficam em volta estava rolando shows e com certeza estariam lotados. Se alguém estiver se perguntando porque não fomos no show, é simples, porque eram de bandas que não faziamos a menor idéia e é claro ia estar cheio de gente estranha, porque afinal aqui é Paris e não o paraíso de gente perfeita então também tem coisas que se deve evitar.
Mas mesmo evitando os jardins, o nosso plano foi longe de perfeito, quando fomos para o tal do Trocadero a praça estava mega lotada nos moviamos conforme o fluxo de pessoas então acabamos resolvendo de ultima hora não ficar lá.
Contudo, graças a Deus, achamos uma ruazinha que também já estava cheia mas não lotada, mas que simplesmente tinha a vista perfeita para o centro dos acontecimento sem nenhuma árvore tampando.
O show foi realmente maravilhos e durou mais de 1 hora.... contado no relógio....
Por essas bandas aqui no dia 14 de julho os franceses comemoram a tomada da Bastilha que seria o equivalente ao dia da Independência do Brasil, claro que cada um com suas particularidades mas nada de detalhes históricos porque essa não é minha intenção. O importante mesmo é que nesse dia, feriado é claro, acontece uma mega comemoração com parada, shows e fogos de artifícios e uma multidão de gente com bandeirinhas do país aplaudindo todo e qualquer movimento dos oficiais durante todo evento.
Não sei como é a comemoração da independência em Brasília mas em BH não tem nada de extraordinário. Outra coisa que também difere e muito é que não somos patriotas, então mesmo que a festa nas nossas terrinhas fosse mais estrondosa o clima não seria o mesmo.
Bem, o negócio é que é um dia realmente muito especial e a alegria e o patriotismo por comemorarem esse momento importante é bem contagiante!
O dia começa com a Champs Elysees repleta de gente, só que ao contrário dos dias normais a maioria são franceses, todos o mais próximo possível do alambrado mantendo o máximo de educação para não ficar espremendo. Uma enorme parada com todos os tipos de oficiais desde um batalhão da marinha até um batalhão de bombeiros.
esse ai com esse chapeu engraçado deve ser um pintor perdido....rsrsr.
E por último, mas o mais lindo da festa, a noite rolou o mega show de fogos de artifícios com a torre de fundo.
Como nós moramos pertinho da torre, resolvemos que iriamos assistir no Trocadeiro que é um ponto que fica literalmente de frente e muito perto da torre, pois nos jardins que ficam em volta estava rolando shows e com certeza estariam lotados. Se alguém estiver se perguntando porque não fomos no show, é simples, porque eram de bandas que não faziamos a menor idéia e é claro ia estar cheio de gente estranha, porque afinal aqui é Paris e não o paraíso de gente perfeita então também tem coisas que se deve evitar.
Mas mesmo evitando os jardins, o nosso plano foi longe de perfeito, quando fomos para o tal do Trocadero a praça estava mega lotada nos moviamos conforme o fluxo de pessoas então acabamos resolvendo de ultima hora não ficar lá.
Contudo, graças a Deus, achamos uma ruazinha que também já estava cheia mas não lotada, mas que simplesmente tinha a vista perfeita para o centro dos acontecimento sem nenhuma árvore tampando.
O show foi realmente maravilhos e durou mais de 1 hora.... contado no relógio....
começou com a Torre completamente apagada....
e a maioria dos fogos eram nas cores da bandeira da França....
Então a Torre toda se acendeu.....
Resumindo quem estiver por aqui nessa época vai ser presenteado com um show a parte que vai fazer a cidade parecer ainda mais espetacular!!!
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