Bem, esse final de semana a gente resolveu fazer algo diferente, eu pedi uma consultoria de lugares para visitar perto de Paris para um amigo do trabalho e ele sugeriu Provins.
Uma cidadezinha meio medieval linda... fica aí a dica para quem quiser variar um pouco... o trem saí de hora em hora e a passagem de ida e volta fica em pouco mais de 21 euros e a viagem dura uma hora e pouquinho....
Fomos eu, Nelita e Edgar, o nosso amigo brasileiro que curti uma culinária um pouco exótica.
Ele aproveitou que estavamos em um restaurante com comida local e resolveu experimentar uma iguaria que foi sugerida por um outro cara que trabalha com a gente.
A Andouillette, basicamente uma salsicha, mas as semalhanças param por aí.
Eu até tentei escrever alguma coisa com a descrição que o Edgar nos deu, mas nada ficou tão bom quanto o depoimento de um cara chamado Miguel Esteves Cardoso (MEC) que copiei de um outro blog.
Ai vai....
"A primeira coisa que comi quando cheguei a Paris foi uma salsicha fedorenta cujo usufruto tenho conseguido evitar há mais de 40 anos, tal era o nojo. Mas tinha chegado à altura. Não se pode dizer que se conhece a cozinha francesa sem ter comido uma andouillette. Assim de chama a salsicha de tripa de porco que cheira a cocó e a xixi. Os apreciadores gabam-lhe o aroma 'agrícola'. Mas não é a estrume que cheira - isso é que era bom. É a merda". E continua MEC, "Foi no mais encantador bistrot, o Chez Marcel, que efrentei o fumegante cagalhão. No meu cérebro, as partes primitivas entravam em choque com as mais evoluídas. Sabia que não havia fezes nenhumas naquela salsicha. Tinha estudado a maneira higiénica e cuidadosa com que tinha sido produzida. Respeitava o gosto daqueles que gostam dela. A começar pela Association Amicale des Amateurs d'Andouillettes Authentiques que tinham diplomado a minha salsicha com cinco As. E não havia dúvida (nem desculpa) que estava à minha frente uma andouillette AAAAA. Contra estas informações sensatas gritavam os meus sentidos: "é intestino de porco! Cheira a merda! Vais ficar doente! Come outra coisa! Ou Foge! e continua mais à frente..."é muito, muito difícil discutir com o nosso próprio nariz , quando aquilo que propõe pôr na boca cheira àquilo que sai do outro buraco. Para além do nojo , é uma redundância", no final, já em jeito de conclusão refere: "tinha chegado a Paris com uma lista enorme de coisas que nunca tinha provado. A andouillette ensinou-me que aquilo eram afazeres e não prazeres. Desfiz-me de todas as tarefas e, a partir daí, segui o meu nariz. Restitui-lhe, juntamente com os olhos, a tutela da minha barriga. E comi lindamente". Depois segue para aquilo que mais gostou, os queijos, numa excelente descrição que aconselho a leitura."
Depois falamos mais da cidade
beijos
Nenhum comentário:
Postar um comentário